As arqueobactéria constituem um importante grupo de organismos, cujas características específicas permitem a formação de um domínio denominado Archaea. Este termo é usado para distinguir um grupo de micróbios unicelulares que, como as bactérias, não possuem núcleo e organelas membranosas internas, mas possuem características que os diferenciam.
A arqueia inicialmente classificadas como bactérias procarióticas, enquadrado no antigo reino monera, sob o nome de arqueobactéria. No entanto, ao longo do tempo descobriu-se que eles têm uma evolução independente e certos contrastes bioquímicos que os tornam únicos. Tanto que as arqueobactérias formam um domínio e um reino divididos em cinco filos reconhecidos que ainda estão em processo de identificação, sendo os grupos Crenarchaeota e Euryarchaeota os mais investigados.
O conjunto de arqueobactérias não foi estudado em sua totalidade. Muitos vieram à tona por meio de estudos de seus ácidos nucléicos, por meio de amostras adquiridas do meio ambiente, de modo que sua tipagem ainda é um tanto complicada.
Tabela de Conteúdos
CARACTERÍSTICAS DAS ARQUEBACTÉRIAS
As arqueobactérias agrupam uma diversidade de espécies, distinguidas das eubactérias pela organização de certas moléculas, como ácidos nucleicos e elementos integrantes da membrana plasmática e da parede celular.
De acordo com registros fósseis, eles podem ser as entidades mais antigas da Terra. A maioria tem entre 0,5 e 5 mícrons de tamanho, e Eles têm a forma de hastes, palmeiras e espirila.
Não possuem peptidoglicano ou mureína (estrutura básica da parede celular das bactérias) e possuem lipídios com membranas diferentes das bactérias e eucariotos.
Existem outras características distintivas do campo que agrupa as arqueobactérias, e são eles:
- São procariontes.
- Reproduz-se assexuadamente, por esporos.
- Não possuem núcleo.
- Eles não possuem organelas que os capacitam para uma determinada atividade.
- Alguns resistem a altas temperaturas, são hipertermofílicos.
- Eles sintetizam enxofre e outras substâncias químicas.
- Os chamados euryarchaeota possuem cadeias de ácido ribonucleico ribossômico e, embora em menor grau, englobam um grande número de indivíduos procarióticos unicelulares.
Tipos de arqueobactérias
- crenarchaeotas: São as espécies hipertermofílicas. Um grande número são autotróficos quimiossintéticos, sendo em certos habitats inóspitos, os únicos produtores primários. Estudos recentes mostram que as crenarchaeota também podem sobreviver em ambientes de baixa temperatura, como mares, terra e sedimentos.
- Euryarchaeota: São aqueles que estão localizados em altas densidades de sal e que conseguem adquirir sua energia da luz, sem ter pigmento de clorofila. Dentro destes estão classificados os Metanógenos de habitat de sedimentos aquosos, trato digestivo de vários animais e águas oceânicas.
- Korarchaeota: É um pequeno grupo de hipertermófilos, muito diferentes filogeneticamente das crenarchaeotas, consideradas as arqueias mais antigas.
- nanoarqueota: É um táxon que foi criado essencialmente para a espécie Nanoarchaeum equitans, que foi encontrada em 2002, na costa da Islândia. Habitam principalmente locais continentais e marítimos com altas temperaturas, incluindo fontes hidrotermais. Diz-se que deve permanecer em contato com um hospedeiro para sobreviver.
REPRODUÇÃO DE ARQUEBACTÉRIAS
As arqueobactérias, por serem tão primitivas, não possuem núcleo formado por material genético, o que determina que sua reprodução seja diferente da biológica. Pode ser por troca de algum material, embora seja do conhecimento geral que as archaea se reproduzem por fissão ou o que é o mesmo por divisão, como a maioria das bactérias.
Considera-se que as arqueobactérias requerem condições de crescimento semelhantes às existentes nos primeiros tempos da história da Terra. É por isso que esses organismos foram chamados de arqueobactérias.
HABITAT de Archaebacteria
As arqueobactérias, bactérias consideradas primitivas, vivem em áreas inóspitas, sob condições extremas, como alta salinidade, altas temperaturas e quantidade de hidrogênio, o que não é possível para outras formas de vida. No entanto, eles podem morar em outros lugares menos desagradáveis, como o sistema digestivo de alguns animais.
CLASSIFICAÇÃO
De acordo com o ambiente em que vivem, as arqueobacerias são classificadas em:
- Halófilos: São bactérias primitivas que habitam locais de alta concentração de sal, como a salinidade do Mar Morto. Halococcus e Halobacterium vivem em locais com concentrações de sal superiores a 12% e toleram até 32% de salinidade.
- termófilos: São as arqueobactérias que resistem a altas temperaturas, até 100 °C, e têm uma acidez muito baixa. Eles são encontrados em ambientes aquáticos próximos a falhas na crosta oceânica ou fendas vulcânicas. Esses organismos simplificam a matéria orgânica para obter energia, realizando uma quimiossíntese de compostos inorgânicos como o ácido sulfúrico. Assim temos o sulfolobus-acidocaldarius, que oxida o enxofre; o termoplasma, localizado em escombros de carvão em brasa; pyrolobus-fumarii, um organismo bastante termofílico, com temperatura de crescimento de 113 °C, e picrophilus, um organismo muito acidófilo, que pode crescer a um pH de -0,06.
- Metanogênico: Caracterizados por terem um metabolismo anaeróbico, usam hidrogênio para catalisar dióxido de carbono em metano. São encontrados em sedimentos ou intestinos de animais; sobreviveram a 3 km de gelo glacial profundo na Groenlândia.
- Mesofílico ou psicrofílico: De ambientes como pântanos, esgoto, água do mar e solos.