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Girino

Os anuros ou batráquios começam sua vida como girinos. Entenda sua fase de juventude. Ao atingir a idade adulta, passam por uma transformação ou metamorfose, na qual seus membros nascem progressivamente. Da mesma forma, a cauda inicial desaparece devido a um fenômeno biológico chamado apoptose, descrito como um caminho de destruição ou morte celular “programado” pelo organismo.

Girino

CARACTERÍSTICAS do girino

Após a eclosão, o girino é quase esférico, semelhante a uma cabeça, porque o corpo não se distingue. Ele ainda não tem cauda. Adapta-se ao meio aquoso sem problemas porque tem brânquias que lhe permitem respirar debaixo de água.

Pouco a pouco assume uma aparência semelhante à de um peixe, com cabeça e cauda. Então a boca se forma e começa a crescer uma longa cauda achatada lateralmente. Graças a ela, pode nadar facilmente, como os peixes, por ondulação lateral. O girino não tem pernas nem esqueleto.

TIPOS DE TADHOLES

Existem quatro classificações ou tipos de girinos. Estes são:

  • Tipo I: Muito comum na raça Pipidae, identificada por não possuir dentículos ou vértices queratinizados
  • Tipo II: Estão enquadrados no gênero Microhylidae. Composto por um único espiráculo centrado e uma boca muito complexa. Falta querentes de vértice.
  • Tipo III: Distingue-se por pertencer ao ramo Archaeobatrachia. Tem dentículos e espinhos em sua boca, bem como um espiráculo médio.
  • Tipo IV: Este tipo de girino é típico da progênie Hylidae, Bufonada e Ranidae. Ele contém um espiráculo no lado esquerdo e sua boca tem dentículos e espinhos.

METAMORFOSE

A metamorfose é uma evolução, que implica uma mudança de identidade. O espécime deixa seu estágio larval e passa a se tornar uma variedade muito diferente de animal adulto.

Após algumas semanas de existência, o girino começa sua metamorfose no momento em que a cauda começa a desaparecer e as pernas crescem. As brânquias desaparecem, a boca aumenta, os dentes brotam e a cobertura corneana da mandíbula cai.

Da mesma forma, esse desenvolvimento de metamorfose leva à implantação de numerosos músculos. Também seus pulmões estão aumentados e as pálpebras aparecem. Além disso, a cartilagem do crânio é substituída por um crânio ósseo, e o intestino encurta para acomodar a alimentação carnívora.

Características do girino, tipos, habitat, alimentação, reprodução

O pulmão se expande, os arcos branquiais são perdidos e a cartilagem pulmonar cresce para simplificar o bombeamento de ar. Por outro lado, a mucosa do tímpano e do ouvido médio se desdobra e nos olhos surge a membrana das pálpebras. À medida que todas essas transformações ocorrem, o organismo consegue se nutrir pelas substâncias dispostas em sua cauda.

HABITAT do girino

Os girinos só podem viver na água, Não há outra maneira. Portanto, é possível observá-los em diferentes fontes naturais de água. Esses locais são córregos, lagoas, lagos e outros cursos d’água, que possuem inúmeras fontes de alimento para eles. Esses espaços os favorecem porque são ricos em nutrientes.

Eles preferem lugares onde a água é esverdeada ou marrom, pois os ajuda a se camuflar quando os inimigos estão presentes. Existem muitos animais que comem ovos, como insetos, patos e outros peixes. Há também quem goste do próprio girino, como cobras, caracóis, aranhas, libélulas, patos e caranguejos, entre outros.

REPRODUÇÃO

A reprodução é ovípara, típica de anfíbios. Após a fertilização externa, os ovos são depositados na água, próximos à superfície. O girino emerge do ovo após duas semanas, podendo nadar e respirar debaixo d’água. Até então, consiste apenas em brânquias, uma cauda e uma boca curva. Posteriormente, e sem grandes contratempos, desenvolve-se até ao aparecimento da metamorfose.

Alimentação do girino

Os girinos sobrevivem de alimentos armazenados nas gemas dos ovos, até que possam se sustentar em vegetais ou bactérias. Estes são encontrados em pedras e organismos mortos, embora qualquer elemento comestível seja admissível para um girino.

o girino

A partir do momento em que o girino forma seus membros, sua dieta muda. Acaba se tornando um animal onívoro. E uma vez realizada a metamorfose, os anfíbios tornam-se animais de apetite insaciável. Apesar de ser herbívoro, as mudanças fazem com que o novo organismo assuma comportamentos onívoros.

Quando a cauda desaparece quase completamente e a pele muda, ela salta para fora da água. E aqui começa a busca por comida. Começa a comer insetos, lagartas, carne e pequenos girinos. Em geral, qualquer verme que possa causar danos às flores e frutos pode ser apetitoso para este novo animal.

caio carbonaro

Sobre Caio A Carbonaro Guerreiro

Caio A. Carbonaro Guerreiro é um renomado biólogo da Universidade de Santo Amaro, com vasta experiência e profundo conhecimento em seu campo. Ao longo de anos de dedicação, ele se destacou em pesquisas e projetos que contribuíram significativamente para a compreensão da biodiversidade e conservação ambiental. Sua paixão pela natureza e seu compromisso com a preservação a tornam uma referência respeitada, e seu trabalho tem um impacto duradouro na proteção dos ecossistemas e na educação ambiental.