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Saprófita

O saprófita São seres vivos que se caracterizam principalmente por terem uma alimentação baseada em resíduos e substâncias decompostas. Quer dizer, Alimentam-se de excrementos, animais mortos e folhas secas, entre outros. O termo abrange apenas os osmotróficos (células ou organismos que obtêm nutrientes por absorção osmótica de substâncias dissolvidas) e inclui certas plantas, bactérias ou fungos.

saprófita

A origem etimológica da palavra soprophyte vem do adjetivo “sapros”, que significa “podre”, e do substantivo grego “phytos”, que significa “planta”.

Características dos saprófitos

Como mencionamos anteriormente, a palavra saprófitas frequentemente se refere a fungos ou bactérias, mas também existem plantas consideradas organismos protozoários.

Os saprófitos possuem células que lhes permitem transportar uma dieta osmotrófica, o que significa que utilizam a absorção osmótica (osmose das células) que ocorre quando a água passa de uma área de menor concentração, como o exterior da célula, para uma maior concentração de solutos, como o citoplasma da célula, e arrasta consigo algumas pequenas moléculas, que são “absorvidas” por elas.

aos saprófitos Eles são chamados de “decompositores”, devido ao fato de sua nutrição ser exclusivamente baseada em resíduos. Eles usam sua digestão extracelular externa ou alimentação fagotrófica, o que lhes permite digerir, dentro da estrutura do organismo, as partículas sólidas que consomem.

Além disso, produzem enzimas que hidrolisam (reação química entre uma molécula de água e outra molécula, na qual a molécula de água é dividida e seus átomos passam a fazer parte de outra espécie química) as moléculas orgânicas dos resíduos, que os ajuda a liberar biomoléculas solúveis, que eles absorvem por osmose, através de seus envelopes celulares, da parede celular e da membrana plasmática.

A atividade exercida pelas saprófitas é fundamental na cadeia alimentar (processo de transferência de substâncias nutritivas através das diferentes espécies de uma comunidade biológica), pois é o primeiro procedimento de um longo processo, que devolve ao meio ambiente os componentes utilizados. organismos na forma de íons livres (uma partícula eletricamente carregada composta de um átomo ou molécula que não é eletricamente neutra), completando assim um ciclo de nutrientes.

IMPORTÂNCIA DAS SAPROFITAS

Levando em consideração as principais características dos saprófitos, cabe destacar que são organismos de extrema importância para o ecossistema, pois são um dos decompositores do planeta, sendo capazes de transformar a matéria orgânica dos restos mortais de outros seres vivos que morreram, em matéria inorgânica.

Ou seja, os saprófitos reciclam o material para que possa ser reutilizado pelas plantas na forma de fertilizante ou terra preta. Do ponto de vista ecológico, são considerados microconsumidores

Alguns fungos saprófitos também têm a função de modificar o pH do ambiente, sendo geralmente verdes ou pretos (dematiáceos) pertencentes ao gênero Penicillium.

As bactérias saprófitas fazem parte do gênero Pseudomonas e estão preparadas para crescer na presença de gentamicida. Estes mudam o tom do meio, de amarelo para vermelho.

Classificação dos saprófitos

De acordo com suas características e função, os saprófitos utilizam diversas substâncias orgânicas em decomposição para obter a energia de que necessitam para sobreviver, o que os classifica como saprófitos. forçado, que são os seres que não têm outra forma de coletar seus nutrientes; e os facultativoque são aqueles que não merecem se alimentar de substâncias em decomposição, pois geralmente o fazem por outros meios, e recorrem a ela apenas quando são necessários.

Da mesma forma, os fungos saprófitos são divididos em diferentes tipos, entre os quais se destacam:

  • fungos de madeira: Eles colonizam um pedaço de madeira, espalhando sua rede micelial e desenvolvendo seus carpóforos que se reproduzem sexualmente. A infecção no tronco é reconhecida por uma mudança em sua cor. Um dos fatores que condicionam esta classe de fungos e a velocidade com que podem decompor a madeira, é a quantidade de água que ela possui, pois nem todos necessitam do mesmo grau de umidade para se desenvolver. Os fungos saprófitos da madeira incluem Fistulina hepatica (carvalho, castanheiro), Fomes fomentius (choupo, carvalho, faia), Ganodermalucidum (faia, carvalho, castanheiro) e Trichaptumabietinum (diferentes espécies de coníferas). Outros, no entanto, são exclusivos de algumas espécies específicas, como Oudemansiellamucida (faia) e Piptoporusbetulinus (bétula).
  • Fungos de prados e pastagens: desenvolvem-se principalmente sobre o húmus da camada superficial do solo, alimentando-se de matéria orgânica das raízes e caules de espécies herbáceas. Eles incluem Agaricus campestris, Agaricus macrosporus, Agaricussquamulifer, Agaricusarvensis, Agaricusxanthodermus, Hygrocybe, (Hygrocybecoccinea, Hygrocybenigrescens, Hygrocybepsittacina, entre outros), Lycoperdon, Calvatia, Bovista, Calocybegambosa, Marasmiusoreades, Pleurotuseryngii e Amanita vittadinii.
  • Cogumelos de excrementos de animais: São seres saprófitos que se alimentam e se desenvolvem dos excrementos de animais, principalmente herbívoros. As espécies Coprinus, Panaeolus, Stropharia, Anellaria, Cheilymenia, Ascobolus e Pilobolus, entre outras, são muito comuns neste tipo de substrato.
  • Fungos pirofíticos: São aqueles que têm preferência por matéria orgânica carbonizada ou queimada, geralmente após um incêndio florestal ou em fogueiras que se originam em florestas ou pastagens devido a trabalhos florestais ou atividades recreativas. Entre esses exemplares estão os Pyronemaomphalodes, Coltriciaperennis, Pholiota carbonaria, Myxomphalia maura, Geopetalumcarbonarius, etc. Na primavera não é difícil encontrar Geopyxis carbonaria, Pezizapraetervisa e Morchellaconica, entre outros.
  • Fungos de turfeiras: São de habitats montanhosos ou glaciais, com alto grau de umidade, o que facilita a origem de matéria orgânica abundante de origem vegetal em decomposição. Estes incluem: Mycena sanguinolenta, Hypholomaelongatum, Inocybe lacera, Hygrocybeconico-palustris, Hygrocybecoccineocrenata, Cantharelluslutescens, Cantharellustubaeformis, Marasmiusandrosaceus e Ricknellafibula, para citar alguns.

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Sobre Caio A Carbonaro Guerreiro

Caio A. Carbonaro Guerreiro é um renomado biólogo da Universidade de Santo Amaro, com vasta experiência e profundo conhecimento em seu campo. Ao longo de anos de dedicação, ele se destacou em pesquisas e projetos que contribuíram significativamente para a compreensão da biodiversidade e conservação ambiental. Sua paixão pela natureza e seu compromisso com a preservação a tornam uma referência respeitada, e seu trabalho tem um impacto duradouro na proteção dos ecossistemas e na educação ambiental.