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Espinélio

O espinélio um belo mineral de cores variadas que antes era confundido com rubi. Ele responde a uma nomenclatura variada de acordo com sua composição química, o que leva a uma variação de cores. Entre os mais comuns estão o espinélio ss. (MgAl2O4), hercinita (Fe2+Al2O4), magnetita (Fe2+Fe32O4) e cromita (Fe2+Cr2O4). Também os cátions Ti, Mn, Zn. Os responsáveis ​​pela coloração desse mineral são o ferro, cromo, vanádio e cobalto.

Espinélio

ETIMOLOGIA E HISTÓRIA

A etimologia da palavra ainda é desconhecida, pois existem diferentes teorias sobre sua origem. Alguns sugerem que vem do grego “spinthíra” que significa faísca, devido ao belo brilho que a caracteriza. Outros associam o termo ao latim “spinam”, que se refere a um espinho, devido à nitidez de seus cristais mais comuns: os octaedros.

Como dito antes, espinélio foi confundido com rubi por muito tempo. Muitos membros da realeza usavam essas pedras, acreditando que fossem rubis. O mais conhecido foi o “Black Prince’s Ruby” (um dos maiores espinélios do mundo) pertencente à monarquia britânica. Muito mais tarde, eles foram reconhecidos como espinélios pelos principais gemologistas. Essa confusão não foi gerada apenas pela semelhança de formas e cores que possui com o rubi, mas também pela proximidade de seus depósitos.

A diferença visível entre rubis e espinélios está na sujeição das pedras à luz artificial, onde o rubi mostra todo o seu esplendor devido à sua dupla refração. Por sua vez, os espinélios tornam-se mais opacos e assemelham-se a granadas.
A Birmânia foi o primeiro país a caracterizar o espinélio como um mineral separado, enquanto o resto do mundo ainda o considerava como Bullet Ruby.

Principais depósitos de espinélio

Este mineral ocorre em altas temperaturas, é possível encontrá-lo inserido em calcários metamórficos e em rochas ígneas escuras. A formação de espinélio responde ao metamorfismo de contato produzido pelas rochas flogopita, pirrotita, condrodita e grafite.

Esta pedra preciosa é normalmente encontrada em seixos de rios, onde são preservadas graças às suas propriedades físico-químicas resistentes. Esses depósitos são chamados de “Placeres de gemas”. Os países mais ricos neste recurso são: Sri Lanka, Birmânia, Tailândia, Rússia, República de Malgaxe, em Nova York e Nova Jersey, é possível encontrar espinélio comum.

Características e PROPRIEDADES do espinélio

Este mineral tem alto potencial em gemologia, devido a sua grande variedade de cores, sua bela forma cúbica e sua grande resistência. Além disso, não é suscetível à erosão e, na escala de Mohs, pontua 8. Outro fator importante a ser observado é que não requer nenhum tratamento após sua exploração.

Spinel é uma rocha transparente que fluoresce sob radiação UV. As cores mais comuns deste mineral são vermelho, azul, incolor, amarelo, preto, laranja, rosa, verde, violeta… Como se fosse, tem todas as intensidades de cor, de quase incolor a muito escura. As mais preciosas e valorizadas de todas são as “queimadas” (vermelho, laranja e rosa vibrante). A mais recente é a “rosa de framboesa”, descoberta na Tanzânia.

Utilitário e outros dados

A utilidade do Spinel não está apenas na joalheria. É utilizado como matéria-prima para a construção de alguns dispositivos relojoeiros e também como pós cerâmicos abrasivos e elásticos.

Os maiores espinélios até agora são 520 quilates. Estes são exibidos no “The British Museum” em Londres. O que fica em segundo lugar é o localizado no “Diamond Fund” na Rússia, com nada mais e nada menos que 400 quilates.

Desde a década de 1920 os cientistas conseguiram recriar a beleza natural dessas rochas, criando espinélio sintético usando o processo de Verneuil. Isso é comumente usado como um refratário.

No mundo esotérico este mineral também tem sua história. Antigamente era usado para afastar a melancolia, pois seu brilho supostamente continha energias harmonizadoras.

Dos espinélios mais incríveis, destaca-se o “rubi de Timur”, que não é um rubi em si, embora seja conhecido como tal, devido à confusão que envolve essas duas gemas. Seu peso é de 361 quilates, pertenceu ao conquistador Tamerlão, o “Timur”. Ele contém esculpidos alguns nomes do antigo império mongol. Atualmente esta famosa pedra pertence à realeza inglesa, graças ao fato de ter sido oferecida pela famosa e extinta empresa “East India Company” à rainha Vitória em 1851. Atualmente está a cargo da rainha Elizabeth II.

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Sobre Liana Trotte

Liana Trotte é uma graduada em engenharia pela Universidade Brasil, destacando-se por sua sólida formação e habilidades técnicas. Sua paixão pela resolução de problemas e inovação a conduzem a enfrentar desafios complexos com criatividade e determinação. Liana é uma profissional comprometida em aplicar seu conhecimento em busca de soluções eficazes e inovadoras. Sua formação sólida e mentalidade orientada para resultados a tornam uma adição valiosa em qualquer empreendimento que busque excelência em engenharia.