Uma frase popular em geologia diz que enquanto a Terra estiver girando e reagindo, isso significa que ela permanece viva. Refere-se especificamente a terremotos, capazes de alterar sua crosta e causar grandes desastres, mas também à criação de novas montanhas através da orogênese.
A orogênese é um processo lento e duradouro que ocorre horizontalmente. Em palavras simples, isso implica que uma parte alongada da superfície da Terra é encurtada ou dobrada, por causa de um “empurrão” na litosfera continental.
A orogênese também é conhecida como mecanismo de “rejuvenescimento” de montanhas ou serras, que se formam em todos os continentes. Esta palavra vem da combinação das palavras gregas “oros”, que se traduz como montanha, e “gênese”, que pode ser definida como “criação ou “origem”.
Como ocorre a Orogênese?
O desenvolvimento da orogênese ocorre em três fases violentas:
- dobrando: Elementos macios colidem uns com os outros.
- fracasso: Os materiais de maior dureza e as dobras quebram.
- derrubar: A matéria é movida de seu local original.
É possível que durante a sua evolução ocorram erupções vulcânicas, como acontece quando se formam os orógenos termais, sendo o caso mais emblemático dos Andes. Se for um orógeno mecânico ou colisional, é improvável que apareçam vulcões, mas aparecerão grandes espaços cheios de dobras e zonas de espessamento. Isso ocorre porque uma placa continental acaba em cima da outra. Assim como nos Alpes.
Resultados
É comum durante a manifestação da orogênese o aparecimento de estruturas alongadas, com leves protuberâncias em forma de arcos, que são chamados de “cinturões orogênicos”. É possível identificá-los, pois se assemelham a tiras esticadas e paralelas às rochas, e assemelham-se a elas em toda a sua extensão. Esses cinturões orogênicos estão ligados a espaços de subducção na superfície terrestre e dão origem ao aparecimento de vulcões.
Tipos de orogênese
Existem dois tipos de progênese, que podem ser resumidos da seguinte forma:
- Orogenia simétrica: é o produto da colisão entre duas placas da litosfera continental, comprimidas ao nível de uma depressão na crosta terrestre, localizadas entre duas massas durante a sua aproximação. Um exemplo comum são as cadeias montanhosas dos Pirinéus, do Himalaia ou dos Alpes.
- orogenia assimétrica: causado pelo impacto entre uma placa continental e uma oceânica. Formada pelo dobramento de restos sedimentares, que se acumulam na zona de subducção, que possui uma placa oceânica, localizada abaixo da continental. Alguns exemplos são a Cordillera de las Rockosas e os Andes.
História na terra
Existe um tempo conhecido na geologia como a Orogenia. Deu a formação global de relevos na crosta terrestre. Os períodos orogenéticos são considerados “recentes” e são divididos em:
- Orogenia Alpina: erguido há 62 milhões de anos, faz parte do período terciário, que inclui a era atual. Durante sua manifestação, desenvolveu-se o sistema alpino-Himalaia, incluindo os Pirineus, a Cordilheira Cantábrica e os Alpes em direção leste, que se conectam com o Cáucaso, até atingir o maior ponto orogênico conhecido, o Himalaia. Incluem-se a orogenia alpina, o Mediterrâneo, o Bético, o sul e as cordilheiras do Atlas ou as Montanhas Rochosas e os Andes do continente americano.
- Orogenia Hercínica ou Varisca: estima-se que surgiu há 300 milhões de anos, são diferentes pontos do globo. Sua importância supera o dobramento caledoniano, porque causou grandes danos à maior parte da Europa Centro-Oeste, América do Norte, Tasmânia, Urais, Tasmânia e Apalaches.
- Orogenia da Caledônia: mudanças de placas tectônicas que ocorreram aproximadamente 400 milhões de anos atrás. Consistia em uma dobradura, que deu origem à cadeia caledônia, cujos vestígios ainda hoje existem na Escócia, Brasil, Austrália, Norte da Ásia, Escandinávia e Canadá.
Efeitos da Orogênese no meio ambiente
Muitos dos episódios climáticos e ecológicos que surgiram recentemente no planeta estão relacionados à orogênese. Da mesma forma, o deslocamento e posterior rearranjo das diferentes massas continentais.
Quando grandes porções de relevo são elevadas, alteram a circulação na atmosfera, as correntes de ar e a distribuição adequada da umidade. Além disso, pode haver pontos de aceleração no processo de elevação, causando intemperismo e mais erosão. Isto por sua vez reduz a emissão de CO2 atmosférico.
A razão para este evento é uma intensificação da carbonatação, que faz parte dos compostos do ar, e dos silicatos que são submetidos à erosão, enquanto permanecem ao ar livre. Sem dúvida, o resultado é esperado, o CO2 é retido, o que diminui sua concentração na atmosfera, gerando um resfriamento geral no clima do globo.