Quais são as causas da perda de biodiversidade?
Quando falamos em biodiversidade nos referimos aos seres vivos do planeta (seres humanos e animais), os ecossistemas que compõem as florestas e selvas, e os rios e mares do ecossistema aquático.
Por isso, a biodiversidade gera equilíbrio no mundo, e é tão importante na nutrição do ser humano, pois é ali que obtêm alimentos, água, matérias-primas e recursos naturais essenciais à vida.
Em contrapartida, a perda da biodiversidade causa o prejuízo da qualidade de vida dos seres humanos, animais e plantas.
Entre as principais consequências estão a extinção de espécies, a poluição de rios e mares, o aumento das emissões de dióxido de carbono, as contínuas mudanças no clima, a erosão do solo por causa da seca e a destruição do ecossistema natural.
As causas da perda de biodiversidade podem ser listadas da seguinte forma:
superexploração da natureza
Há muitas décadas, os ecologistas vêm alertando sobre a forma como o homem tem feito uso imprudente e descontrolado da natureza em todas as suas manifestações, extraindo seus recursos de forma mais progressiva do que a capacidade de regeneração dos ecossistemas.
Essas atividades se expressam principalmente na caça, pesca, derrubada indiscriminada de árvores, comércio ilegal de espécies, queimadas e garimpos que colocam a ganância do homem antes da preservação da natureza.
Desta forma, impressionantes ecossistemas naturais foram destruídos, como as florestas australianas ou as florestas amazônicas, onde muitos de seus hectares foram transformados em campos desolados em detrimento dos povos indígenas e dos animais que os habitam, para os quais muitas espécies estão ameaçados de extinção, extinção ou foram extintos.
No ecossistema marinho, é o caso do perigo enfrentado pelo urso polar devido à destruição de geleiras devido às mudanças climáticas e o perigo de extinção de algumas espécies de tubarões, como o grande tubarão branco no filme de Steven Spielberg; a lontra, as baleias, etc.
Agressão contínua ao habitat
É claro que essa ação constante do homem causa a perda total ou parcial dos habitats das criaturas que neles vivem.
Algo que também contribui para a extinção de algumas espécies porque elas começam a se sentir estranhas em seus ambientes naturais semi-destruídos ou transformados, e têm que procurar outros espaços que não são seus, o que causa desequilíbrios neles, se não a morte.
O homem, em sua busca excessiva de riqueza, incorre em arbitrariedades contra a natureza, modificando o curso natural dos rios, destruindo ou transformando florestas ou matas, contribuindo assim para a perda da biodiversidade.
Essa ação produz o chamado “efeito de borda”, que ocorre quando espécies de dois habitats diferentes entram em contato contíguo no mesmo ecossistema, o que implica em mudanças nas condições ambientais e biológicas.
Dois dos exemplos registrados nesse sentido são o de um incêndio florestal ou a construção de uma rodovia no meio de uma floresta, considerada uma das principais causas de extinção de espécies.
Poluição ambiental
A poluição do meio ambiente pode ter causas naturais, mas em sua expressão mais grave ocorre como resultado da atividade humana.
A alteração prejudicial dos ecossistemas ocorre muitas vezes devido à presença de agentes contaminantes na água, no ar e no solo.
Esses poluentes na forma de substâncias químicas são lançados nas águas ou dispersos no ar pelo homem, o que contribui inexoravelmente para a perda da biodiversidade. Entre eles podemos citar fertilizantes e defensivos, materiais plásticos e resíduos de atividades industriais.
Mas a maior contaminação do meio ambiente ocorre devido ao efeito da queima de combustíveis fósseis que produz chuva ácida de enxofre e dióxido de carbono (CO2) que afeta muito os diferentes ecossistemas, pois sufoca as plantas de tal forma que as impede de emissão de oxigênio, e já sabemos que sem oxigênio não podemos viver.
A emissão de dióxido de carbono no ambiente, que duplicou nas últimas décadas, provoca um excesso de temperatura ou aquecimento global, cuja consequência são as alterações climáticas.
São quatro os combustíveis fósseis: Petróleo, carvão, gás natural e gás liquefeito, que, como novos cavaleiros do Apocalipse, tornaram-se os grandes inimigos da biodiversidade, pelos danos que causam.
Mudança climática
Mudança Climática, segundo a Organização das Nações Unidas, é a variação do clima da Terra, devido à atividade humana, que altera a composição da atmosfera global.
É especialmente evidente na emissão de combustíveis fósseis, já que o dióxido de carbono é responsável por 63% do aquecimento global.
De fato, a Mudança Climática é a origem da destruição da camada de ozônio, e produz altas temperaturas, nebulosidade, precipitação e, com ela, doenças mortais de seres humanos, animais e plantas, inundações e derretimento dos pólos.
Contaminação acústica
Altos níveis sonoros nas cidades produzem poluição sonora que assusta os animais, especialmente aqueles com ouvidos sensíveis, como roedores, morcegos e corujas, e faz com que os pássaros migrem porque os impedem de se comunicar.
Poluição luminosa
A intensidade da iluminação artificial provoca alterações no biorritmo de algumas espécies e, por vezes, confunde espécies que não distinguem o dia da noite.
poluição térmica
A poluição térmica ocorre quando o calor é introduzido no ambiente de forma descontrolada, e é produzido pela descarga de água quente em rios e lagos, por gases de efeito estufa e por mudanças bruscas de temperatura.
Devido à poluição térmica, os níveis de oxigênio no ambiente diminuem, produzindo um aumento de toxinas, principalmente em rios e mares, o que afeta consideravelmente a espécie.
espécies invasivas
Espécies invasoras causam sérias alterações no modo de vida de outras espécies, deslocando-as de seu habitat natural.
A invasão pode ser voluntária ou programada, e vem aumentando consideravelmente, por isso é uma das causas da perda de biodiversidade, pois espécies nativas podem morrer e se extinguir.
Caça ilegal
A caça ilegal é uma das atividades predatórias do homem contra a biodiversidade, pois muitos animais foram extintos ou estão em perigo de extinção devido a essa prática antinatural e insalubre.
É tão grave que a maioria dos países do mundo assinou um tratado chamado Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Ameaçadas de Extinção (Cites) que visa impedir a caça de espécies ameaçadas de extinção.
Apesar das medidas que têm sido tomadas, a caça furtiva continua, pois é uma atividade muito lucrativa para os chifres, marfim e pele de alguns animais, como os elefantes, que correm sério risco de extinção.
Este negócio não ocorre apenas na África e na Ásia, mas também se estende a todos os parques nacionais do mundo onde as medidas para proteger as espécies tiveram que ser extremas.
desmatamento e mineração
O lar de milhares de animais é destruído pelo desmatamento, mineração, agricultura e pecuária intensa, que transformam os ecossistemas ameaçando a flora, causando a expulsão de muitas espécies de seus ambientes naturais.
Extração de madeira, queimadas, construção em áreas naturais, proliferação de indústrias poluentes, tudo isso é um conjunto de ações que conspiram contra a biodiversidade no mundo.
A mineração, devido ao uso de mercúrio, polui rios e destrói centenas de hectares de florestas, como ocorre no chamado Arco Mineiro do Orinoco, que ocupa uma área de quase 112.000 km2, no sul da Venezuela, onde o governo legalizou a exploração de roro e coltan.
Apesar das reclamações de ambientalistas pelo impacto ambiental e sociocultural e pela violação dos direitos das comunidades indígenas da região.
Desmatamento intensivo, agricultura e pecuária: a transformação de ecossistemas muito ricos em biodiversidade, como as florestas, em grandes áreas agrícolas e pecuárias destrói o habitat natural de milhares de espécies animais e vegetais.